TERAPIA INFANTIL
Como funciona?
A terapia infantil refere-se à variedade de técnicas e métodos utilizados pelos psicólogos para ajudar crianças e adolescentes que têm dificuldade em se expressar e a lidar com as suas emoções.
Embora existam diferentes tipos de psicoterapia, todos dependem de uma comunicação eficaz entre o paciente e o psicólogo como forma de alcançar mudanças nas suas emoções e em seu comportamento.
A psicoterapia pode trabalhar individualmente com uma criança, com um grupo de crianças, com uma família ou com múltiplas famílias.
Para as crianças ou para os adolescentes, brincar, desenhar, construir e comunicar são maneiras importantes de compartilhar sentimentos e de resolver problemas.
O processo terapêutico tem como objetivo não permitir que os conflitos existentes na infância existam na vida adulta.
Esses conflitos, na infância, se manifestam de formas diferentes de como se manifestam como adultos. Algumas vezes de forma agressiva, outras vezes refletem no desempenho escolar, dentre outras maneiras
Como se dá o processo terapêutico para crianças
Os responsáveis devem comparecer a uma entrevista inicial para explicar a demanda/queixa da criança. Nessa sessão, os responsáveis irão expor a finalidade da procura ao psicólogo e entender, também, como funciona o processo terapêutico infantil.
A psicoterapia infantil é realizada através de atividades lúdicas, que são brinquedos e jogos onde a criança terá a possibilidade de expressar seus sentimentos. Pelo trabalho lúdico, o paciente expõe seu mundo interno.
Se os responsáveis buscarem o processo terapêutico logo que notarem a queixa/dificuldade da criança, e todas essas dificuldades forem trabalhadas da maneira correta, sendo um trabalho em conjunto (responsáveis e terapeuta), as chances destas queixas reaparecem no indivíduo enquanto adulto tornam-se extintas.
Não são somente os adolescentes e os adultos que apresentam disfunções e transtornos de origem psicológica.
As manifestações em crianças ocorrem com frequência e podem ser percebidas através do baixo rendimento escolar, de comportamentos agressivos, da hiperatividade, da timidez em excesso, da dificuldade de interação com outras crianças ou até mesmo com os próprios familiares, entre outros.
Na avaliação inicial, o profissional de saúde qualificado irá determinar a necessidade do tratamento de psicoterapia.
Essa decisão será baseada em fatores como os problemas atuais da criança, o histórico, o nível de desenvolvimento, a capacidade de cooperar com o tratamento e que tipo de intervenções serão mais propensas a ajudar com as preocupações apresentadas pelos pais da criança.
A psicoterapia é frequentemente aplicada juntamente com a gestão de comportamento e o acompanhamento escolar.
A relação que se desenvolve entre o psicoterapeuta e o paciente é muito importante. A criança deve sentir-se confortável, seguro e compreendido pelo profissional que realizará o tratamento.
Este tipo de atmosfera de confiança permite que o menino ou a menina possa expressar seus pensamentos e emoções, além de permitir que o processo terapêutico seja realmente eficaz.
Quais os objetivos da terapia infantil?
A psicoterapia é o tratamento adequado para ajudar as crianças que passam por conflitos e alterações comportamentais
Durante a psicoterapia, elas recebem apoio emocional e, de forma lúdica e com bastaste paciência, são orientadas a resolver questões internas, problemas com pessoas do seu convívio e a compreender as suas emoções e os seus conflitos, além de aprender a tentar novas soluções para os desafios apresentados.
Os objetivos da terapia podem ser específicos (mudança de comportamento, melhoria das relações com amigos ou familiares, melhoria no desempenho escolar), ou gerais (diminuir a ansiedade ou melhorar a autoestima).
A duração do tratamento psicoterapêutico depende da complexidade e da gravidade dos problemas apresentados pela criança.
Raramente uma criança dirá espontaneamente que precisa de ajuda profissional para resolver seus problemas. Por isso, não deixe de lado os sentimentos e mudanças comportamentais de seu filho, acreditando que “um dia passa”. A Terapia Infantil pode ser fundamental em alguns casos.
Adolescentes costumam estar mais inseridos no mundo adulto e podem procurar um psicólogo por conta própria ou solicitar aos pais.
Da mesma forma, dê importância ao que eles dizem e esteja disposto e aberto a conversar ou ir diretamente ao consultório, buscando ajuda juntos.
Sinais que indicam que uma criança precisa do auxílio de um psicólogo
Em alguns casos não é tão simples saber o que causou a mudança comportamental ou emocional na criança.
No entanto, eventos significativos, como a morte de um membro da família, amiguinho ou animal de estimação, um divórcio, abuso, traumas, doença grave na família e mudança de casa podem causar estresse, levando a alterações de humor, comportamento, excesso de sono, apetite, menor interação social e evolução na escola.
Não leve em conta a famosa frase “criança esquece”. Não, eles não esquecem e podem levar um trauma para a vida adulta, causando depressão e outros problemas psicológicos.
A compreensão dos sentimentos da criança deve ser tanto dos pais quanto da própria criança. Psicólogos podem ajudar as famílias a lidar com o estresse e uma variedade de problemas emocionais e comportamentais.
Os filhos podem precisar de ajuda para lidar com o estresse da escola, tais como lições de casa, ansiedade pelo aprendizado constante, pressão dos coleguinhas, bullying e assim por diante.
Outros precisam de ajuda para discutir seus sentimentos sobre questões familiares, especialmente se houve uma grande alteração em sua rotina, como um divórcio, mudança de cidade ou doença grave na família.
- Atraso no desenvolvimento da fala e comunicação;
- Atraso para desenvolver os hábitos de higiene básicos, como escovar os dentes e tomar banho;
- Problemas de aprendizagem ou frequentes sinais de déficit de atenção (DDA);
- Problemas comportamentais, como a agressividade – morder, chutar ou bater – e raiva excessiva;
- Queda no desempenho escolar, especialmente se a criança costumava acompanhar a classe;
- Momentos de tristeza, choro ou depressão leve;
- Isolamento social;
- Diminuição do interesse em atividades que costumava gostar, como ir à escola, brincar com os amigos, ir ao cinema, etc.;
- Mudanças bruscas de apetite (especialmente em adolescentes);
- Insônia ou aumento da sonolência;
- Alterações frequentes de humor;
- Queixas frequentes de dores que não são identificadas as causas (dor de cabeça, de estômago, de barriga).